Idade dos metais é o último período da pré-história, quando surgem por volta do ano 6 mil a.C. as primeiras ferramentas, utensílios e armas metálicas que se tem notícia. Foi um salto civilizatório, mas com ele surgiu também um contratempo: a maioria esmagadora dos metais sofre o processo de corrosão, variando de acordo com as condições ambientais, o tipo de material e sua aplicação. Na verdade, a humanidade conhece apenas dois metais imunes à corrosão: o ouro e a platina.
Para se ter uma ideia mais clara da dimensão do problema e como a corrosão impacta as atividades econômicas modernas, estima-se que 30% do aço produzido no mundo é destinado apenas à reposição de itens deteriorados por ela. Ou seja, uma parte significativa do esforço humano e do investimento financeiro empregados na extração e no beneficiamento de metais não gera novos produtos nem novas soluções tecnológicas.
Com o passar dos anos, a humanidade desenvolveu técnicas e processos que reduzem a ação da corrosão nos metais. Os tratamentos superficiais agregam características específicas aos fixadores, como resistência à corrosão, aumento da durabilidade e melhora da estética do produto final. Para isso, levamos em conta diversos fatores, entre eles as condições ambientais e as características do meio corrosivo.
A seguir, conversamos brevemente sobre os principais tratamentos superficiais em fixadores e sua importância estratégica nos mais distintos segmentos da economia mundial.
Galvanização
É quando o fixador recebe uma camada de revestimento de outro metal mais nobre, geralmente resistente à corrosão e/ou para fins estéticos. Dependendo do metal utilizado para revestir a peça, o processo de galvanoplastia muda de nome. Por exemplo, fixadores revestidos com níquel, niquelação; cromo, cromagem; prata, prateação.
Zincagem
O elementos de fixação de aço são revestidos com zinco ou ligas de zinco (ex. zinco/níquel ou zinco/ferro). Esse tratamento confere alta resistência à corrosão, prolonga a vida útil do fixador e ainda agrega apelo estético à peça. Entre os tipos existentes, podemos citar zincado branco, zincado amarelo e zincado preto. Aplicações comuns: indústria de eletrodomésticos, construção civil e indústria de componentes automotivos.
Cromagem
Neste processo as peças beneficiadas ganham uma camada de cromo, também é conhecida como cromeação ou cromação. Bastante duro, resistente ao calor e extremamente aderente ao aço, o cromo não sofre embaçamento e proporciona uma aparência sofisticada. Aplicações comuns: agroindústria, indústria petroleira e indústria automotiva.
Niquelagem
Depositado sobre o parafuso eletroliticamente, o níquel apresenta importante resistência contra a ação química de ácidos, bases e água. Como o níquel embaça com facilidade quando em contato com o oxigênio, os itens são também geralmente cromados, melhorando seu acabamento estético e funcional. Aplicações comuns: indústria aeroespacial, eletrônicos e equipamentos hospitalares.
Cobre
Terceiro metal mais utilizado no mundo, o cobre nos fixadores concede proteção contra a corrosão, alta condutividade termoelétrica e evita o engripamento quando em contato com outros materiais. Aplicações comuns: eletroeletrônicos, siderurgia e indústria de equipamentos para alimentação.
Organometálicos
O acabamento organometálico acontece a partir de um processo inorgânico baseado em água e metais. Isento de cromo hexavalente e trivalente, além de metais tóxicos, como cádmio, chumbo e mercúrio, ele não agride o meio ambiente. Esse tratamento atribui resistência a produtos orgânicos, à corrosão e à temperatura, além de ótima ancoragem para pintura e excelente custo-benefício. Aplicações comuns: agroindústria, indústria naval, eólica, construção civil e indústria automotiva.
Como vimos até aqui, os tratamentos superficiais em parafusos, arruelas, porcas e demais fixadores são fundamentais para a otimização de desempenho, a preservação dos materiais e a sustentabilidade econômica e ambiental dos negócios. Quanto menor o desperdício, maior a capacidade de investimento em novas soluções.
No texto “Projetos especiais de fixadores e como eles podem ajudar na evolução do seu negócio”, explicamos como os especialistas da SGQ em nosso laboratório próprio desenvolvem produtos alinhados às especificidades de cada operação. Analisamos necessidades únicas para desenvolver respostas tecnológicas singulares, e os tratamentos superficiais também fazem parte dessa gama de recursos que temos à disposição.
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